Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral aprovou a Resolução 181 (II), que recomendava a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, com Jerusalém sob regime internacional especial.
Em 29 de novembro de 2012, a Resolução 67/19 elevou a Palestina a Estado observador não-membro.
Agora, em 2025, a Assembleia Geral volta a pronunciar-se sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, com Portugal entre os que anunciam voto afirmativo.
Setenta e oito anos depois, a ONU persiste em proclamar o direito que a realidade insiste em negar. Resta saber se será apenas mais uma resolução a somar às anteriores, ou se desta vez a fénix da ordem multilateral encontra forma de renascer das suas cinzas.
Luis Miguel Novais
