A História registará este dia como uma feia manifestação de imigrantes à porta do Parlamento deste Portugal adormecido, explorada pelos partidos da esquerda do arco parlamentar. A rua, outra vez. Um retrocesso democrático, outra vez.
O assunto das migrações agora na rua é um absurdo lógico. A nossa Constituição atual prevê a consagração do princípio da igualdade nos seguintes termos: "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão... do território de origem" (artigo 13º da Constituição). Porém, apenas são elegíveis para o cargo de Presidente da República "os cidadãos eleitores, portugueses de origem (artigo 122º da Constituição).
Logo, a distinção entre portugueses de origem e portugueses "não de origem" vai existir sempre. E ainda bem. Defendo a livre imigração, condicionada a uma quota lógica que mantenha a maioria dos portugueses de origem. E o consequente fim da exploração dos explorados pelos partidos da esquerda. O que pode ser obtido dentro do próprio Parlamento, não na rua.
Luis Miguel Novais