Na minha juventude, nos anos 80 do século passado, as pastilhas efervescentes de Guronsan eram de rigor após os excessos da noite anterior. Entretanto, caíram em desuso (pelo menos, para mim, de corpo agora enfraquecido). Mas deverão servir aos membros dos caídos Governo e Parlamento deste Portugal adormecido.
Um Presidente adormecido preferiu deixar cair, de uma assentada, Governo e Parlamento. Perante um choque frontal entre os líderes de dois dos três principais partidos, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lavou suas mãos, como Pilatos. Deixou de arbitrar. Com evidente benefício para o terceiro partido, da extrema-direita, e para o almirante das vacinas.
Valham-nos as doces palavras de hoje do Papa Francisco: "O nosso corpo está fraco, mas nada nos impede de amar". Vai um Guronsan?
Luis Miguel Novais