O resultado das eleições europeias de ontem veio consagrar uma vitória para a democracia na Europa. A democracia que inclui extremistas e moderados, todos submetidos à regra da maioria (a segunda melhor, a seguir à do consenso).
Como moderado (leia-se, daqueles que preferem a liberdade regrada pela lei, ao autoritarismo de alguns sobre os demais), fico naturalmente satisfeito em saber que mantemos a maioria no Parlamento Europeu (considerando a soma dos eurodeputados dos grupos Popular, Socialista e Liberal).
Neste Portugal adormecido de nobre povo (cujos mais de 900 anos hoje celebramos, por ocasião dos 500 da morte de um poeta, coisa que nos distingue pela elegância) assinalo as bem-vindas derrotas dos extremistas e ascensão dos liberais, na grande festa da democracia que passa a ser o voto em mobilidade.
Luis Miguel Novais