Despertámos neste Portugal adormecido para uma realidade que nos era estranha: até ao ano passado, os furacões que se formavam pelos trópicos do Oceano Atlântico subiam para Norte, mas viravam para Oeste, para o Golfo do México; o ano passado, o Ophelia não virou, passou a rasar a costa atlântica da Península e foi até às ilhas britânicas; ontem, o furacão Leslie virou à direita e entrou por Portugal dentro, deixando um rasto de destruição.
Quem também decidiu inovar, mas parece que mais benignamente, foi o Primeiro-ministro que, de uma assentada, nomeia novos ministros para a Cultura, a Defesa, a Economia e a Saúde. Tudo boas escolhas, de nomes desempoeirados e credíveis. O Ministro do Ambiente também foi justamente mantido, e até nomeado para a Transição Energética - o que não poderia ser mais apropriado, dada a inegável alteração climática.
Já só falta mesmo é uma tempestade na oposição, sem a qual não há democracia.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional