É já público, desde ontem, que assumi o patrocínio como advogado do Diretor do Museu de Serralves, João Ribas. Fi-lo como advogado geral, mais do que, propriamente, como seu advogado pessoal: há uma semana atrás, não conhecia pessoalmente João Ribas; quando, na segunda-feira passada, me solicitou patrocínio, pareceu-me genuíno, e assim me tem parecido desde então; ademais, a lei impõe aos advogados deveres para com a comunidade, nos quais se enquadra um caso como este, em que estamos perante a demissão de um dirigente do mais relevante museu internacional de arte contemporânea deste Portugal adormecido...invocando censura. Não apenas perante mim (como vem fazendo desde segunda-feira da semana passada), mas também publicamente (como vem fazendo desde há cerca de duas semanas, e ontem repetiu na Assembleia da República).
Digo-o aqui, neste Portugal Adormecido, porque quero sublinhar que se trata de uma querela pública, e não de uma disputa entre privados, a que agora mantêm o Diretor do Museu e o Conselho de Administração da Fundação de Serralves.
Todos, sem excepção, devemos querer apurar se há, ou não, censura em Serralves.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional