Uma nuvem negra atravessa a Europa económica, patinho feio do crescimento global. Nem as sábias medidas monetárias do Banco Central Europeu parecem fazer surtir algum efeito de ressurgimento da Europa, enquanto actor global respeitável e respeitado.
A Europa política defronta-se com as duras realidades de uma democracia corrompida (em que a maioria dos eurodeputados estão a soldo de interesses privados, apesar de serem principescamente pagos pelo erário público europeu - segundo revela uma interessante base de dados da ONG Transparência Internacional).
Dados que não ajudam a criar esperança de regeneração deste sistema. O paciente europeu acabará impaciente. O que não pode ser bom. Eu gostaria que a nossa política externa pegasse nesta bandeira de regeneração dos assuntos de natureza político-diplomática e económica da União Europeia. Parece-me que quem tem por missão formular, coordenar e executar a política externa deste Portugal adormecido não quer ver que é por aí que tem de andar, para arrepiar caminho, em lugar de continuar a arrepiar.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional