Riqueza, civilização e prosperidade nacional

quarta-feira, 25 de junho de 2025

A big day for Nato

Quando conheci pessoalmente o atual presidente Donald Trump, já ele era uma estrela mediática, uma super-estrela fascinante (o jornal Expresso até fez disso capa no suplemento de Economia). Falo de 1999, quando fui advogado internacional de empresas dele nos Estados Unidos da América (EUA). A sua energia continua contagiante (e inspiradora, considerando a sua idade atual, 79 anos), passado mais de um quarto de século (tinha ele 54 anos e eu 36 quando nos cruzámos então). Digo isto porque assisti em direto pela televisão, com natural interesse e expetativa, à conferência de imprensa que acaba de dar a partir de Haia, Países Baixos, no final da Cimeira da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de há momentos. Na sua qualidade de Comandante Supremo dos EUA... e da Nato.

Ontem, antes de me deitar, trocava mensagens com um jovem amigo também natural deste Portugal adormecido. Naturalmente preocupados com a possibilidade de uma guerra que nos envolva, e a propósito do meu texto de ontem, Maria vai com a Nato. O qual, que de algum modo, completa aquele outro de 4 de março de 2025, Portugal em Paz. "Já tinha pensado, em caso de guerra o melhor era mesmo ser neutro...", dizia o meu jovem intelectual amigo, "mas estando na Nato é difícil e mais difícil deve ser sair da Nato". Se não assumirmos uma posição acabaremos a comprar armas ao estrangeiro - respondi eu -. Como sabes, estive a administrar a holding das indústrias da Defesa, pelo que sei do que falo: não temos nada para vender (a não ser botas e fardas). Mas é possível Portugal ser neutro, mesmo com o artigo 5º da Nato? - perguntou o meu amigo. Para sermos neutros temos de sair da Nato - respondi -. O que não significa mais do que ficarmos a par com a Suíça. E a Irlanda. E a Áustria. Qualquer um dos quais países é mais rico em Produto Interno Bruto - continuei, para completar: para ficarmos na Nato passamos a protetorado. 

O título é dele, do Trump Show: "a big day for Nato".

Luis Miguel Novais