Riqueza, civilização e prosperidade nacional

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O crime do camarote da bola

Uns poucos titulares de cargos políticos deste Portugal adormecido (deputados, membros do Governo e até o Presidente da República), foram à bola à eurocopa a França ver Portugal jogar. Uns a título oficial (em representação institucional de Portugal), outros não. Os que não foram a título oficial, o que foram lá fazer?

A resposta óbvia é: ver a bola ao vivo, claro. Alguns não pagaram a despesa do seu próprio bolso. E dizem outros que isso é crime de recebimento de vantagem indevida. A mim não me parece. Alguém acreditará que algum desses titulares de cargos políticos, que não foram a título oficial, foi no exercício das suas funções, ou por causa delas?

Vá lá, tirem-lhes o dia de salário, mas não gastem mais dinheiro com processos-crime. É preciso não esquecer que a despesa da bola, no final de contas, não foi paga por empresa nenhuma, acaba paga por nós, contribuintes: ou alguém pensa que as empresas não deduzem essas “ofertas” no IRC?

P.S. Não compreendo é que o mesmo Secretário de Estado que quer taxar até as vistas das janelas seja avistado nestas deduções que só contribuem para aumentar o défice público, o que é contrário às suas funções.

Luis Miguel Novais