Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sábado, 6 de agosto de 2016

O adeus do Brasil a Portugal

Durante a minha infância, como muitos outros portugueses, lia tiospatinhas em brasileiro, ou Português do Brasil. Nunca me fez mal. A verdade é que foi a República Portuguesa, em 1911, que levou à reforma ortográfica que criou a língua brasileira, mais próxima da Portuguesa da Monarquia. Erro de divergência tentado corrigir com o mais recente (falhado) acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil, hoje já assumido por muitos (apenas em Portugal) como o Português novo. A não adoção (isto, sem p) do acordo ortográfico (tratado internacional) pelo Brasil, ao contrário do que havia sido ajustado, criou mais este absurdo de haver, hoje, três ortografias oficiais do Português. Nossa língua comum.

A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, que ontem teve lugar no Rio de Janeiro, na parte vexatória ao nosso passado comum que, apesar de ter durado 322 anos (de 1500 a 1822), foi reduzido na marchinha a uns poucos barcos em maré de tempestade colonial foi, em bom português, mais um prego para o caixão.

Citando um cómico nosso referente comum: irmãos, “não havia nechessidade”.

Luis Miguel Novais