Riqueza, civilização e prosperidade nacional

domingo, 7 de agosto de 2016

Revolving Portas

A expressão em língua inglesa revolving doors é a comumente utilizada a nível internacional para criticar as promiscuidades entre titulares de cargos políticos e dirigentes de grupos económicos, agora do lado do Estado, agora do lado da empresa, agora aqui, agora ali, sem fumo de conflito de interesses, num corrupio entre portas giratórias num mundo, o contemporâneo, em que a velha guerra entre o comércio e a soberania é travada com armas desiguais, por falta de ética de uns poucos, com muito poder incendiário das cadeiras comuns.

Portas giratórias, as nossas revolving doors, são bem as do nosso ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro dos negócios estrangeiros do mesmo apelido, Paulo Portas: era jornalista antes de assumir cargos políticos e agora passou a consultor de grupos económicos multinacionais, segundo noticia a imprensa - à qual… não voltou… o que tão estranho é para quantos recordamos como com ferros matava nos seus tempos do jornal (hoje ironicamente denominado) Independente. Para quem, como Paulo Portas, tanto apregoava na imprensa o seu desinteresse pelo dinheiro, deu-lhe agora um apetite…

Os consultores das portas giratórias são lobistas, sem deontologia conhecida, o que em muito desprestigia o Estado e mina os fundamentos do Estado de Direito.

Luis Miguel Novais