Um estranho silêncio nos mercados financeiros globais envolve a possibilidade de o referendo da próxima quarta-feira no Reino Unido implicar a saída desta grande nação da União Europeia.
O botão de pânico nos mercados financeiros globais ainda não disparou (felizmente). Em grande parte, certamente, devido a medidas cautelares atempadas. Mas, sobretudo, em implícita afirmação de irrelevância geopolítica deste extraordinário referendo e suas consequências num quadro global.
Ou seja, em qualquer caso, ganhe ou não o Brexit, a própria União Europeia não poderá deixar de refletir na vexatio quaestio europeia, agora ainda mais premente: quereremos continuar a ser globalmente irrelevantes?
É este o nosso papel, meramente regional, na nova ordem mundial?
Autoflagelamo-nos, quando dantes liderávamos.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional