Volta à agenda deste Portugal adormecido a privatização da Tap, a companhia aérea que carrega as cores nacionais. Desta feita, a privatização é de 49,9% do capital social. Logo, a minoria. Ficaremos nós com a maioria. Busca-se agora um parceiro estrangeiro de indústria, maior do que a Tap, que assegure o hub de Lisboa e aceite ficar minoritário. Não parece coerente. Será para ganhar tempo. O parceiro acabará a meter dinheiro, ficando maioritário.
Não errarei por muito se disser que hoje (apesar de não haver dados) o peso do Turismo no nosso PIB deve andar pelo 1/3 (o outro 1/3 serão serviços públicos, o restante 1/3 os demais serviços, indústria e agricultura). Ou seja, um mundo para nós. Altamente dependente do transporte aéreo. Que não depende apenas da Tap, embora esta tenha um peso substancial. A Tap continua a ser um sorvedouro de dinheiro público, ainda não recebemos sequer o dinheiro da pandemia, provavelmente nunca viremos a receber.
Continuo a pensar que, tudo somado, é de privatizar à melhor oferta.
Luis Miguel Novais
