Riqueza, civilização e prosperidade nacional

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A Escolha de Centeno

Soubemos ontem pelo atual Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que, apesar das sondagens favoráveis à sua candidatura à presidência da República, não é candidato ao mais alto cargo da nação - que ponderou o assunto, e fez a escolha pessoal.

Há uns anos debatemos, vivamente se bem me lembro, e tornou-se a lei da nação que ninguém na República em funções públicas teria um vencimento maior do que o do Presidente da República. Parecia assunto arrumado: se a fonte do vencimento é o erário público, se o Presidente da República tem funções executivas (não é um mero rei ou chairman), se assume responsabilidades tanto de natureza nacional como internacional... que sentido faz que alguém na função pública ganhe mais do que ele/ela?

Ficámos há dias a saber que um mero consultor do Banco de Portugal ganha mais do que... um General (Secretaria General)  e, consequentemente, mais do que o Presidente da República; só não ganha mais do que o Governador do Banco de Portugal. O que torna a escolha de Centeno assinalável: será melhor ser Governador do Banco de Portugal do que Presidente da República?

Luis Miguel Novais