Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sábado, 30 de janeiro de 2021

Rutura

Filha da atual reforma ortográfica, a palavra rutura convive agora com as suas irmãs mais velhas ruptura e rotura (a mais velhinha, anterior à ruptura da reforma ortográfica do século XX). Não deixa de ser curioso pensarmos como, na realidade, querem as três dizer a mesma coisa. A língua portuguesa é muito rica.

A mesma riqueza esbanjadora que nos leva a gerir esta pandemia de modo errático. Segundo compreendo (mas posso estar mal informado), os especialistas entendem que os confinamentos, para serem eficazes, têm de atingir, pelo menos, 75% da população. Estará isto a suceder? Compreenderão as pessoas porque estão confinados?

Do mesmo modo, entenderão os especialistas que a vacinação para ser eficaz (criar a agora tristemente famosa imunidade de rebanho) tem de atingir 75% da população. Quando atingiremos este número mágico? - segundo uma estimativa que já vi, nunca antes de outubro deste ano; segundo outra, não antes do ano 2022...

A rutura, a este ritmo, chega. Aos hospitais, às empresas, às famílias... num momento em que já somos tristemente recordistas mundiais em número de infectados e mortos. 

Num momento em que, com despudor, Rui Rio e mais 135 deputados à Assembleia da República aprovaram a Eutanásia. Venha daí mais morte, dizem eles. Que despautério a contra-corrente.

André Ventura quer despertar este Portugal adormecido com uma maçã envenenada, Rui Rio com uma maçã podre... e António Costa a levar-nos à rutura.

Luis Miguel Novais