Riqueza, civilização e prosperidade nacional

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O pópó dos juizes

Os juizes deste Portugal adormecido iniciaram, hoje, uma daquelas greves parciais de funcionário público que nos surpreendem em cada curva, por intermitentes, espalhadas no tempo, neste caso, pasme-se, a desfilar indicativamente até ao ano que vem, por aqui e por ali. Com todos os inconvenientes que daí decorrem, para todos.

Estiveram mal o senhor primeiro-ministro e o líder daquele que já foi o meu partido, outrora chamado  líder da oposição. Acabadas as suas respetivas declarações aos órgãos de comunicação social, clamando contra a greve dos juízes porque são, todos, órgãos de soberania, o senhor primeiro-ministro e o senhor ex-líder da oposição (leia-se, parlamentar, embora não lhe caiba), entraram no seu pópó respetivo, pelo qual não são tributados, porque vem considerado, mais o motorista respetivo, "de função". Coisa que, como é sabido, não corresponde aos demais "órgãos", como os pobres dos juízes quando reivindicam melhores condições remuneratórias e uma revisão do estatuto - que haveria de ser, digo eu, constitucional e não negociável fora desse âmbito.

Esteve melhor a senhora ministra da justiça, ao clamar pela devida proporcionalidade.

Luis Miguel Novais