Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Hawking Ex Machina

Comecei a ler o último livro de Stephen Hawking, publicado em Portugal pela Planeta sob o título Breves Respostas às Grandes Perguntas. Fiquei, para já, pelo primeiro capítulo, intitulado "Existe um Deus"?

Deu-me vontade de chorar descobrir que Hawking passou desta vida terrena, ele que tocou os astros nos seus mais fundos buracos negros, sem ver Deus. As suas respostas são desconcertantes e confrangedoras, vindo de quem vêm. "A ciência responde, cada vez mais, a questões que costumavam pertencer ao campo da religião", afirma. Para não conseguir despir este fato mecânico. Como se o "enquadramento racional" que propugna, para alinhar com Aristarco nas inexoráveis "leis da natureza" ("universais", "imutáveis", sendo que o "universo é uma máquina regida por princípios e leis - leis que podem ser compreendidas pela mente humana"), o tenha impedido de compreender a mecânica de Deus relativamente ao Cosmos. A incomparável beleza do nada. A inexplicável certeza do acaso. Hawking enredou-se na soberba do círculo vicioso da ciência contemporânea. Falhou Deus. Quem diria.

Com toda a admiração pela sua passagem terrena, desejo que descubra a paz do Senhor.

Luis Miguel Novais