Numa esclarecedora entrevista televisionada de ontem, o atual líder do Partido Socialista, António Costa, mostrou que poderia ser um bom primeiro-ministro deste Portugal adormecido.
Mostrou-o apenas na segunda parte da entrevista, quando falou com clareza de medidas concretas que negociou com os partidos de extrema-esquerda com vista à formação de um governo com o apoio da maioria absoluta dos deputados à Assembleia da República. Na primeira parte da entrevista, limitou-se a navegar o embaraço de estar refém de dois partidos de extrema-esquerda para poder pretender formar governo.
As anunciadas, são medidas de aumento da despesa pública. E correspondente aumento da receita pública (impostos e taxas), claro: não há mais despesa pública sem mais receita pública, os milagres das rosas são do tempo de D.Dinis.
Com evidente prejuízo para o setor privado da economia nacional, e a nossa recuperação do desastre recente de que ainda convalescemos.
O que reforça a minha convicção de que o atual Presidente da República não irá convidar António Costa para formar governo.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional