Riqueza, civilização e prosperidade nacional

terça-feira, 17 de junho de 2014

E não é futebol, só Alemanha

Achei engraçada esta frase de um jornalista do jornal Expresso, Pedro Candeias, na edição da derrota da selecção de futebol no mundial de futebol de Portugal com a Alemanha: "As coisas mudaram e os alemães evoluíram, adaptaram-se, sobreviveram. Aparentemente, ficaram mais fortes. E Portugal envelheceu na mesma medida em que ficou mais dependente de Cristiano Ronaldo".

O jornalista referia-se à imagem histórica do Euro de futebol de 2012 (bem simpática a derrota de Portugal por 2-1, comparada com esta pesada no Brasil por 4-0). O que sucedeu, entretanto, na vida real, vem nos dados do Fundo Monetário Internacional publicados na minha app (numa mesma altura em que a zarolhada continua com a apresentação por este organismo internacional supostamente ao serviço dos países seus associados de Vitor Gaspar como "new fiscal policy head" do FMI, aquela mesma pessoa que no Governo de Portugal só viu um lado do problema e se demitiu em reconhecimento do seu falhanço na resolução do problema, ou não?...).

Os dados do FMI náo enganam: a taxa de desemprego na Alemanha em 2012 era de 5,5%, em Portugal de 15,7%. Em 2014, continuamos numa senda de convergência futeboleira: Portugal 15,7%, Alemanha 5,2%. Como diria um amigo meu: é quase parecido, só falta o Cristiano Ronaldo. Ou nem isso.

Luis Miguel Novais