Da leitura da imprensa do dia resulta que o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros não vai a Nova York, via Londres, como me parecia desejável e aqui escrevi na quarta-feira passada. Vai a África e América Latina, a partir de 20 de Julho.
Ninguém no seu perfeito juízo poderá pôr em causa a necessidade de Portugal estreitar laços ao mais alto nível com os restantes países da CPLP, Brasil, Angola e Moçambique incluídos. Ou pôr em causa que essa deva ser uma das prioridades da política externa nacional. O tempo é que está mal. Devido à situação económico-financeira do país, a primeira prioridade da nossa política externa não pode deixar de estar na City e em Wall Street. Onde, segundo continuo a pensar, já deveria estar o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, espalhando o charme discreto da diplomacia e penhorando comunicacionalmente a renovada credibilidade de um Portugal leal e cumpridor.
Por uma curiosa coincidência, CDS é a sigla do partido político presidido pelo Senhor Ministro e acrónimo de Credit Default Swaps. Este último CDS deveria agora ocupar o Senhor Ministro.
