Conheci a Huguette André-Coret na UIA União Internacional dos Advogados. Ficámos muito amigos, muito cúmplices. Mostrou-nos (à Isabel e a mim), sítios incríveis na Cité e na Sorbonne em Paris, e um pouco por toda a parte em França, aos quais não teríamos podido aceder sem a sua finesse. Sendo impossível esquecer aquele dia da sua imposição de insígnias da Légion d'honneur. Ou aquele outro dia de abertura das pipas em Beaune, Borgonha, convidados pelo seu amigo, e nosso colega Advogado, Hubert de Montille, que acabava de protagonizar com Charlotte Rampling o filme Mondovino. Graças à nossa amizade, e à UIA, fui-me reencontrando com a Huguette um pouco por todo o mundo, sempre com a alegria de almas etéreas em trânsito pela gloria mundi. Sempre com a rebeldia (em trio com o Maurizio Codurri) de pensar fora de caixas. Enfants terribles, enfim.
Soube ontem, numa reunião do Clube UIA, que a Huguette já não regressa.
Luis Miguel Novais