Riqueza, civilização e prosperidade nacional

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Oil runs the world

Tomo emprestado um dos subtítulos do artigo do FTWeekend desta semana de Tom Wilson e Derek Brower, intitulado Big Oil: still profits before the planet. Dispensam ambos tradução: as seis maiores petrolíferas privadas viram o seu valor bolsista subir à custa da respetiva aposta nos lucros extraordinários com o petróleo e seus derivados, distribuídos aos accionistas sem significativos investimentos na descarbonização.

Descarbonizar para quê se "em 2022, as seis maiores companhias petrolíferas ocidentais fizeram mais dinheiro do que em qualquer ano anterior desde que existe a indústria". Ou quando a "Shell, a maior companhia energética da Europa, dobrou os seus lucros em 2022 para quase $40bn, mas deixou inalterado o seu plano de investimentos". Na América a resposta não é diferente: "A realidade é que os combustíveis fósseis fazem o mundo funcionar hoje. E vai continuar a ser assim nos próximos 5, 10 e 20 anos", afirma o CEO da Chevron, Mike Wirth.

Do que fazer pensar o Governo deste Portugal adormecido. Uma rara oportunidade de aposta clara nas energias alternativas, num país que não produz, apenas importa, petróleo.

Luis Miguel Novais