Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sábado, 13 de agosto de 2022

Matar Rushdie

A minha falecida sogra (de quem gostei particularmente) ofereceu-me um livro de Salman Rushdie (de que não gostei particularmente). 

Recordo que na altura, pelos anos iniciais de 1990, hesitava eu ainda sobre a definitividade da minha opção por uma vida privada (como advogado), em lugar de uma vida pública (como autor). Foi pouco antes dessa coisa bizarra consistente na perseguição de um autor por uma sua obra, em que tem vivido, praticamente desde então, Rushdie. Até hoje, momento em que se encontra em cuidados intensivos num Hospital, após ter sido, ontem, esfaqueado em público por um homem chamado Matar.

Matar, Rushdie é só um escritor. A sua obra sobreviver-lhe-à, não se pode matar.

Luis Miguel Novais