Tomada a segunda dose da vacina, obtive um "Certificado de Vacinação", também denominado "Certificado Digital Covid da UE". Que, em letras pequenas, lá diz: "Este certificado não é um documento de viagem. As evidências científicas sobre a vacinação, teste e recuperação da COVID-19 continuam a evoluir, também em função de novas variantes procupantes do vírus. Antes de viajar, verifique as medidas de saúde públicas aplicáveis e as restrições existentes no local de destino". Estamos conversados sobre União Europeia e "certificados". Sem mais comentários, além do título.
Melhor figura faz hoje a China, na comemoração dos 100 anos do seu partido único, ainda denominado comunista mas tão capitalista de Estado como qualquer outro regime que dê preferência à propriedade e iniciativa privadas como motor de desenvolvimento económico. Os sinais são o que são e o trajo do agora Chairman Xi, mais as suas medidas e discurso, reaproximam a grande China dos anos de chumbo do Chairman Mao, afastando-a do trilho de progresso iniciado por Deng Xiaoping. O futuro dirá se estamos perante uma terceira via.
Medida saudável de civilização foi a conseguida pelos Estados Unidos da América na OCDE esta semana: o acordo para a futura imposição de uma tributação mínima de 15% para os lucros económicos tenderá a acabar com a vergonhosa competição pelos saldos fiscais, alimentando uma indústria da fiscalidade internacional, mais ou menos legal, mais ou menos corrupta. Todos gostamos de pagar menos impostos. Mas saber que há mínimos, aplicáveis a todos, conforta.
Vacinado e certificado, espero não estar equivocado.
Luis Miguel Novais