Riqueza, civilização e prosperidade nacional

domingo, 16 de outubro de 2016

Teorias do mal menor

Cerca de metade da população portuguesa atual nasceu já depois da revolução de 25 de abril de 1974. Não viveram, por isso, o “PREC – Processo Revolucionário Em Curso”. Nem tiveram experiência pessoal da Constituição que assinalava por escrito uma finalidade clara e precisa para Portugal: o caminho do socialismo. A outra metade, sim, viveu na carne essas experiências. Entretanto, já cá chegámos todos. Ao socialismo.

Das diversas eleições realizadas em Portugal desde 1974 um resultado permanece constante: cerca de 10% dos que votam querem mudanças sociais extremas, de sentido comunista, os demais 90% não. Mas, com a composição atual do parlamento, aqueles 10% formam uma maioria com outra minoria que quer o socialismo. E mantêm-se todos agarrados no poder. É vê-los engolirem sapos para aprovarem o novo Orçamento de Estado deste Portugal adormecido. Que só chega a ser comunista na nova dupla e tripla tributação da propriedade imobiliária, afinal também uma prebenda do socialismo. Um mal menor. Maior seria mesmo a erradicação da propriedade privada, como seria próprio do comunismo. Ufa.

Teorias. Um mal menor não deixa de ser um mal. Não é um bem. Agora que já chegámos ao socialismo (e isto é o que é), para onde vamos?

Luis Miguel Novais