Cerca de metade da população portuguesa atual nasceu já depois da revolução de 25 de abril de 1974. Não viveram, por isso, o “PREC – Processo Revolucionário Em Curso”. Nem tiveram experiência pessoal da Constituição que assinalava por escrito uma finalidade clara e precisa para Portugal: o caminho do socialismo. A outra metade, sim, viveu na carne essas experiências. Entretanto, já cá chegámos todos. Ao socialismo.
Das diversas eleições realizadas em Portugal desde 1974 um resultado permanece constante: cerca de 10% dos que votam querem mudanças sociais extremas, de sentido comunista, os demais 90% não. Mas, com a composição atual do parlamento, aqueles 10% formam uma maioria com outra minoria que quer o socialismo. E mantêm-se todos agarrados no poder. É vê-los engolirem sapos para aprovarem o novo Orçamento de Estado deste Portugal adormecido. Que só chega a ser comunista na nova dupla e tripla tributação da propriedade imobiliária, afinal também uma prebenda do socialismo. Um mal menor. Maior seria mesmo a erradicação da propriedade privada, como seria próprio do comunismo. Ufa.
Teorias. Um mal menor não deixa de ser um mal. Não é um bem. Agora que já chegámos ao socialismo (e isto é o que é), para onde vamos?
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional