Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Sombras de Maracaibo

Das minhas memórias da Movida madrilena dos anos de 1980, retenho o refrão de uma música dos La Unión: "se um dia hei de morrer, que seja aqui, sob o Sol de Maracaibo". O que fazia sonhar. Com as Caraíbas. Com paraísos na Terra.

Maracaibo já foi um importante destino turístico na Venezuela. Mas este é, hoje, um país empobrecido por uma oligarquia pseudo-democrática. Contou-me um padre aí missionário que via fome todos os dias. E desconsolo. Num país tão belo. E, ademais, rico de recursos naturais.

A sombra que daí se estende, e mais nos afasta do Paraíso na Terra, vem da Venezuela para o resto do mundo, a partir da cisão de poderes constitucionais ontem afirmada, e suas repercussões externas. Afinal, o mundo continua desalinhado em dois blocos claramente distinguíveis, tanto ao nível macro (internacional), como ao nível micro (nacional): de um lado, os Estados Unidos da América; do outro, a China e a Rússia. Nada de novo sob o Sol.

Luis Miguel Novais