Num excelente discurso político de estado da União, hoje no Parlamento Europeu, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, revelou o impressionante número de pessoas que já fugiram da guerra na Síria e na Líbia:
- na União Europeia estão, entrados este ano, cerca de 500.000 refugiados: cerca de 213.000 na Grécia, cerca de 145.000 na Hungria e cerca de 115.000 na Itália;
- na Turquia, na Jordânia e no Líbano estão cerca de 4 milhões de refugiados oriundos da Síria.
Como bem nota Jean-Claude Juncker, não é tempo de tapar o Sol com peneiras, ou chorar leite derramado. É tempo de agir politicamente, criando condições para que estas pessoas possam voltar à Síria ou serem dignamente acolhidas na União Europeia, esta nossa terra de solidariedade e que tantos refugiados tem no seu passado. E isso não se faz com muros, nem campos de refugiados, faz-se com integração.
A realidade está lá, não há como evitá-la, há que geri-la. É isso que se pede a quem dirige a União Europeia. E, felizmente, Jean-Claude Juncker compreendeu-o.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional