Tudo indica que amanhã será segunda-feira negra nos "mercados mundiais". As neurofinanças (tentativa de aplicar alguma análise racional a comportamentos de multidão, invariavelmente irracionais) cumprirão mais uma das suas profecias auto-realizáveis.
Já em 2000 escrevi (e publiquei na International Internet Law Review, uma publicação da Euromoney), que não vamos lá sem um tratado internacional que ponha fim a esta selva financeira desregulada que põe em risco a segurança dos países e das pessoas. Passaram onze anos e continuámos com leis do Far-West. A força continua a mandar, não a razão.
Nos "mercados mundiais" são os especuladores quem ganha com a desregulação. E hoje em dia os especuladores nem são pessoas, são máquinas. Programadas para disparar o "botão de emergência" (vender abaixo de um certo índice, re-comprar acima de um outro bem mais abaixo), para gáudio de uns poucos e desgraça de muitos.
