Não é preciso ser muito inteligente para compreender que neste Portugal adormecido, no continente, há uma faixa litoral urbana, que vai de Setúbal a Valença, densamente habitada, que fica ao nível do mar - gosto de pensar nela como o nosso Nilo (quando observo a app meteorológica que utilizo, a iluminação nocturna é idêntica, um longo contínuo). E, depois, um largo espaço interior não urbanizado, pouco habitado (a iluminação nocturna vista dos satélites das app é praticamente inexistente), cuja altitude em relação ao mar é progressivamente superior à medida em que dele nos afastamos, e maioritariamente ocupada por espaço florestal.
Desejo que seja este o primeiro Ministro da Administração Interna que compreenda que não se trata por igual o que não é igual. Sob pena de não ser este o último ano de fogos florestais avassaladores.
Luis Miguel Novais