Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sábado, 8 de outubro de 2016

Faroeste world

Por uma daquelas coincidências, numa curta sequência de tempo assisti à estreia da série televisiva Westworld (estreou mundialmente na segunda-feira passada, mas só ontem à noite tive oportunidade de ver a gravação), alcancei que existem Beacons na internet (uns bichos muito menos simpáticos do que os Cookies), e acabo de ler um artigo de opinião no jornal Politico sugestivamente intitulado “Down with the data monarchy”.

Tudo misturado:

- A série televisiva passa por ficção científica, mas é assustadoramente real para quem já foi a um parque temático tipo Disney. E ainda mais arrepiante para quem ama a liberdade do ser humano.

- Os Beacons (coisas chamadas DoubleClick ou Typekit) introduzem-se sub-repticiamente nos nossos telemóveis e computadores e seguem-nos por todo o lado, desde o reenvio de emails (!) às páginas na internet que vamos sucessivamente visitando, especialmente a partir dos Facebookes, Googles e Apples deste mundo elétrico, uma coisa impressionante para quem ama a privacidade e pensa que a regra social justa é a de que o consentimento não é tácito.

- O artigo do Politico resume bem as demais horríveis fontes daquilo que não pode deixar de nos preocupar nesta evolução para a “Internet das Coisas”, gerada e gerida pelos nossos aparelhos domésticos e de bolso por conta das grandes multinacionais da informação, mas também dos ainda chamados órgãos de comunicação social (Aqui).

Não é por falta de leis, que os princípios e as leis de protecção de dados pessoais existem há muito tempo. É mesmo por falta de educação e policiamento e aplicação das leis num sistema de justiça adequado. Revivemos o faroeste dos livros de cowboys.

Luis Miguel Novais