Riqueza, civilização e prosperidade nacional

sexta-feira, 5 de julho de 2013

E o vento mudou

O presidente-rei apanhado entre portas giratórias, sem sequer mostrar cartão amarelo, e a oportunidade perdida de poder renegociar seriamente os juros da dívida pública com os nossos credores-parceiros, com vista  a um futuro verdadeiramente sustentável. Faz lembrar a cantiga do Eduardo Nascimento:

"Ouçam
Ouçam
E o vento mudou
Ela não voltou
As aves partiram
As folhas caíram

Ela quis viver
E o mundo correr
Prometeu voltar
Se o vento mudar

E o vento mudou
E ela não voltou
Sei que ela mentiu
P'ra sempre fugiu
Vento por favor
Traz-me o seu amor
Vê que eu vou morrer
Sem não mais a ter

Nuvens tenham dó
Que eu estou tão só
Batam-lhe à janela
Chorem sobre ela
E as nuvens choraram
E quando voltaram
Soube que mentira
P'ra sempre fugira
Nuvens por favor
Cubram minha dor
Já que eu vou morrer
Sem não mais a ter

Ouçam Ouçam Ouçam".

Leia-se, em vez de "ela", "confiança"... aplicável ao Governo reciclado com os mesmos protagonistas deste Portugal adormecido.

Como já tive oportunidade de escrever noutro sítio: uma corda quando rompe, rompe. Nunca mais volta a ter o mesmo som.

Luis Miguel Novais