Vivemos num mundo pouco sólido, líquido. As certezas contam-se pelos dedos. E é melhor não perder constantemente de vista as mãos e os pés, não vão faltar dedos de um momento para o outro. Pessoas, animais e coisas, somos tratados como mercadoria. Todos empacotados na mesma manada. Nem aquela velha frase de significado jurídico certo segundo a qual “os cadáveres são coisas fora do comércio”, já é certa.
Faleceu ontem Zigmunt Bauman, o pensador contemporâneo que mais completa e brilhantemente escreveu acompanhando esta involução sociológica da Humanidade. E cunhou a expressão mundo líquido.
Já o desejo formulado no título é meu, seria dele, aqui o partilho como a uma flor molhada.
Luis Miguel Novais
Riqueza, civilização e prosperidade nacional